Ismail Baghaei fez essa declaração durante sua coletiva de imprensa semanal em Teerã, nesta segunda-feira.
“O regime sionista, utilizando armas fornecidas pelos Estados Unidos, violou nosso território e martirizou um número de nossas figuras proeminentes em um ato covarde de agressão. Diante desse crime imperdoável, lançamos uma defesa firme, que continuaremos com total força. Nossa resposta ao regime sionista é um ato de legítima autodefesa, amparado pelo direito internacional, pela razão humana e pela moralidade.”
O porta-voz classificou o ataque do regime israelense, realizado na madrugada de 13 de junho — enquanto as pessoas dormiam ou se preparavam para as celebrações do Eid al-Ghadir —, como uma agressão brutal, perpetrada com armas fornecidas pelos EUA.
Ele lamentou o martírio dos líderes da defesa iraniana, de cientistas e de civis inocentes, e garantiu que a memória deles permanecerá viva na história do Irã.
Baghaei destacou a importância de confiar nas capacidades internas do país e no apoio divino para manter a resistência heroica do povo iraniano.
O porta-voz também afirmou que a retaliação do Irã configura uma autodefesa legítima nos termos da Carta das Nações Unidas, acusando Israel de violar claramente o princípio da não utilização da força.
Em outro ponto de suas declarações, ele afirmou que qualquer nação que apoie ou justifique essa agressão é cúmplice do crime, e seus nomes estarão "gravados na memória dos iranianos e dos povos da região como cúmplices".
Baghaei criticou ainda a inação do Conselho de Segurança da ONU e suas “chamadas hipócritas por contenção do Irã”, classificando isso como “falência moral”.
Segundo ele, a incapacidade de punir o regime sionista por seus crimes e atrocidades na Palestina, juntamente com o apoio irrestrito dos Estados Unidos e de outras potências ocidentais, levou agora a uma ameaça sem precedentes à paz e à segurança, tanto na região quanto no mundo.
Baghaei concluiu afirmando que todos os países e Estados-membros das Nações Unidas que acreditam na Carta da ONU e nos princípios do direito internacional devem agir agora, e o Conselho de Segurança precisa cumprir seus deveres.
A agressão do regime israelense contra a República Islâmica do Irã começou na manhã de sexta-feira e resultou no assassinato de vários altos comandantes militares iranianos, cientistas nucleares e civis, incluindo mulheres e crianças.
O Irã respondeu lançando a “Operação Verdadeira Promessa III”, que inclui ataques com mísseis e drones contra o regime sionista.
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