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Martírio Não é Fim, Mas Início do Caminho para o Despertar das Nações: Clérigo

20:16 - July 05, 2025
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IQNA – A cultura de Ashura não considera o martírio como o fim do caminho, mas sim como o início do despertar das nações, disse um clérigo iraniano.

Hojat-ol-Islam Abdollah Hassani, chefe do escritório representativo do Líder da Revolução Islâmica nas universidades da Província de Ardebil, fez a observação em uma entrevista à IQNA antes de Ashura, o 10º dia de Muharram e aniversário do martírio do Imam Hussein (AS) que cai no domingo.

Ele disse que a recente vitória do Irã no confronto com o regime israelense não é meramente um sucesso militar, mas uma manifestação do espírito duradouro de Ashura, que inspira resistência em todo o mundo islâmico.

Enfatizando a necessidade de explicar as dimensões educacionais, intelectuais e civilizacionais da épica de Ashura para a jovem geração acadêmica, ele declarou: "As universidades devem estar na vanguarda da promoção da cultura de resistência, esclarecimento e do 'Jihad da Clarificação' (explicando a verdade)."

Referindo-se à mais importante mensagem educacional de Ashura para a juventude, ele disse: "A mais importante mensagem de Ashura para a geração jovem é a responsabilidade consciente diante da verdade e da falsidade. O Imam Hussein (AS) nos ensina que não devemos permanecer indiferentes à corrupção estrutural, desvio ideológico e opressão histórica. Esta mensagem é um chamado perpétuo ao despertar, ação e luta (jihad) no caminho da verdade."

Martyrdom Not An End But Start of Path to Nations’ Awakening: Cleric

Hojat-ol-Islam Hassani acrescentou: "Os estudantes de hoje devem entender que sua responsabilidade não se limita ao avanço acadêmico, mas também inclui reviver a justiça, ética e espiritualidade. Ashura é um modelo de combinação de emoção, racionalidade e força de vontade—que pode resgatar a juventude da falta de propósito e apatia."

Ele observou que institucionalizar os ensinamentos do Imam Hussein (AS) na academia requer uma abordagem abrangente e profunda.

"Conceitos como nobreza, firmeza, zelo religioso, lealdade à verdade e auto-sacrifício devem ser transmitidos à geração acadêmica através de programas educacionais, culturais e artísticos."

O clérigo disse ainda: "Devemos também extrair dos modelos históricos de Ashura para a formação do caráter—como a perspicácia de Habib ibn Mazahir, a resistência de Hazrat Zainab (SA) e a lealdade de Hazrat Abbas (AS). As universidades devem ser ambientes onde a busca pela justiça, responsabilidade social, combate à corrupção e defesa da dignidade humana sejam valorizados—não apenas diplomas acadêmicos ou status social."

O clérigo descreveu Ashura como um discurso construtor de civilização, dizendo: "Este discurso destaca princípios como monoteísmo (Tawhid), justiça, liderança baseada na piedade, democracia religiosa, sacrifício social e resistência contra a opressão. Ashura nos ensina que devemos nos opor aos desvios civilizacionais—como o califado omíada—mesmo se estivermos em minoria, contanto que tenhamos fé inabalável."

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